Pois é, já lá vão 12 anos, que a nossa freguesia deixou de ser aldeia para ser Vila. Bem, pelo menos em estatuto!
Foi no dia 20 de Maio de 1993 e passados estes 12 anos o que é que mudou? Foi mesmo isso que o grupo de Jovens foi para a rua perguntar às pessoas. As respostas não variaram muito, em primeiro de tudo, todos os entrevistados, não sabiam a data de elevação a Vila (calha bem que os entrevistadores também o não sabiam, não tivessem sido avisados minutos antes). Mas, até ai era tolerável, no entanto cerca de 50% dos entrevistados consideram que “pouco ou nada” mudou, na freguesia, ou que pelo menos as mudanças que se nem fazem jus ao estatuto de vila. Claro que as pessoas nestas alturas aproveitam para referir aquilo que está mal, na esperança que algo seja feito no futuro, daí este texto apresentar um carácter pessimista (?), e negativo da Freguesia, mas por vezes também é necessário tomar consciência das coisas. Assim, passo a destacar alguns aspectos que foram referidos pelos entrevistados:
- Em primeiro lugar foi referido o facto de não haver um local onde a freguesia se possa reunir em grande número, afim de determinado acontecimento público (auditório, ou sala de espectáculo), sendo a única possibilidade a Igreja, não sendo local apropriado para determinado tipo de actividades da freguesia, ou o salão Paroquial, que há muito já deixou de ter capacidade para estes acontecimentos;
- Não há um único espaço verde ou espaço de lazer que a população possa acorrer para tempo de recreio, ou seja, todas as pessoas no seu tempo livre procuram fora da freguesia aquilo que esta poderia facilmente lhes oferecer, e melhor, poderia oferecer não só aos próprios habitantes como também cativar pessoas de fora;
- O problema de “Lixo”, e neste pode-se incluir o problema dos esgotos e mau cheiro, na Praça do Eleito local, ou seja às portas da Vila encontramos em primeiro lugar o lixo, que por falta de condições apropriadas ou por falta de civismo das pessoas, ou pelas duas, aparece amontoado em frente à “Nova” Junta de Freguesia e logo de seguida o cheiro nauseabundo, que periodicamente faz questão de se apresentar;
- Não se sente investimento na nossa freguesia, pessoas de fora e mesmo as que cá vivem, não se sentem incentivadas a investir em Souto. Ora se a freguesia não é capaz sequer de cativar pessoas que cá vivem, ou são naturais, fará os de fora;
- Mas nem tudo o que é mau fica fora da nossa responsabilidade, alguns entrevistados referiram que em termos culturais a freguesia até estava bem, sendo organizada a semana cultural (pelo Grupo de Jovens com apoio e colaboração das Colectividades da Freguesia) e há pelo menos duas festas anuais sempre asseguradas, etc., no entanto o que fica a desejar é a pouca participação por parte das pessoas em relação a alguns destes acontecimentos. Ora, é de referir que é neste tipo de manifestações que a Freguesia se mostra ao exterior. Se são programados acontecimentos, é porque é esperada determinada recepção por parte das pessoas, mas isso nem sempre acontece da forma esperada, o que é normal, no entanto são estes aspectos que mostram que a freguesia parece estar “adormecida”, à espera de algo, que só acontecerá se as pessoas assim o entender e fizerem pressão. Com isto, quer-se dizer, e pelo o que entendi das respostas que obtive há cerca deste aspecto, é que é necessário participar, para assim ajudar a freguesia a crescer: “… Devemos participar nas coisas que projectam Souto”.
Estes são alguns dos aspectos que os entrevistados apontaram, havendo ainda a questão, por exemplo, da falta de uma casa mortuária, com condições suficientes que ajudem pelo menos a encarar a dor do momento de uma outra forma; da Avenida do Serrilha, que se encontra em péssimo estado; a sede da Junta de Freguesia que parece já ter passado de “validade”; de uma política Social mais justa, coerente e principalmente atenta; do desprezo pelo meio ambiente, em especial pelas 7 Fontes da nossa freguesia… e muito mais. Ora, aqui está uma boa lista de coisas que segundo parte da população de Souto estão convencidos que a sua resolução iria, em muito, beneficiar a Nossa Vila.
Mas, para marcar assim o aniversário deste acontecimento, no dia 20 de Maio fez-se festa em Souto. Pelas 21:30h, estando eu no centro de Souto, recebi um panfleto a convidar para estar presente, junto ao Coreto afim de assistir a um concerto da nossa banda que iria actuar…às 22h? Então, isto não seria digno de anunciar de uma outra forma, com mais antecedência pelo menos? De certo que muita gente ficou em casa, sem saber o porquê dos foguetes que ouviram nesse dia pela manhã, até porque também quem passou pelo Souto ficou sem o saber (não havia um único cartaz a o dizer). No entanto, passei por lá, depois de realizar aquilo que já estava programado para essa noite, e reparei que estavam presentes muitas pessoas, de certo que pelo menos os pais e familiares dos músicos, visto que saberiam o porquê deste concerto… No entanto, não em percentagem justa face aos 6 Mil Habitantes que somos, mas o Centro de Souto estava minimamente composto.
É Sempre bom organizar e ter este tipo de iniciativas, mas o “mínimo” começa a não chegar para Souto, é preciso dar o “Máximo”, ou pelo menos mostrar que se tentou… Ora o que nos interessa: Fazer sempre as coisas a pensar num ideal, ou fazer as coisas a pensar que qualquer coisa serve? A mim parece-me ser a segunda opção que rege e orienta a freguesia, não sendo de todo esta que irá projectar Souto no Futuro.
Pensemos um pouco sobre isto!
Foi no dia 20 de Maio de 1993 e passados estes 12 anos o que é que mudou? Foi mesmo isso que o grupo de Jovens foi para a rua perguntar às pessoas. As respostas não variaram muito, em primeiro de tudo, todos os entrevistados, não sabiam a data de elevação a Vila (calha bem que os entrevistadores também o não sabiam, não tivessem sido avisados minutos antes). Mas, até ai era tolerável, no entanto cerca de 50% dos entrevistados consideram que “pouco ou nada” mudou, na freguesia, ou que pelo menos as mudanças que se nem fazem jus ao estatuto de vila. Claro que as pessoas nestas alturas aproveitam para referir aquilo que está mal, na esperança que algo seja feito no futuro, daí este texto apresentar um carácter pessimista (?), e negativo da Freguesia, mas por vezes também é necessário tomar consciência das coisas. Assim, passo a destacar alguns aspectos que foram referidos pelos entrevistados:
- Em primeiro lugar foi referido o facto de não haver um local onde a freguesia se possa reunir em grande número, afim de determinado acontecimento público (auditório, ou sala de espectáculo), sendo a única possibilidade a Igreja, não sendo local apropriado para determinado tipo de actividades da freguesia, ou o salão Paroquial, que há muito já deixou de ter capacidade para estes acontecimentos;
- Não há um único espaço verde ou espaço de lazer que a população possa acorrer para tempo de recreio, ou seja, todas as pessoas no seu tempo livre procuram fora da freguesia aquilo que esta poderia facilmente lhes oferecer, e melhor, poderia oferecer não só aos próprios habitantes como também cativar pessoas de fora;
- O problema de “Lixo”, e neste pode-se incluir o problema dos esgotos e mau cheiro, na Praça do Eleito local, ou seja às portas da Vila encontramos em primeiro lugar o lixo, que por falta de condições apropriadas ou por falta de civismo das pessoas, ou pelas duas, aparece amontoado em frente à “Nova” Junta de Freguesia e logo de seguida o cheiro nauseabundo, que periodicamente faz questão de se apresentar;
- Não se sente investimento na nossa freguesia, pessoas de fora e mesmo as que cá vivem, não se sentem incentivadas a investir em Souto. Ora se a freguesia não é capaz sequer de cativar pessoas que cá vivem, ou são naturais, fará os de fora;
- Mas nem tudo o que é mau fica fora da nossa responsabilidade, alguns entrevistados referiram que em termos culturais a freguesia até estava bem, sendo organizada a semana cultural (pelo Grupo de Jovens com apoio e colaboração das Colectividades da Freguesia) e há pelo menos duas festas anuais sempre asseguradas, etc., no entanto o que fica a desejar é a pouca participação por parte das pessoas em relação a alguns destes acontecimentos. Ora, é de referir que é neste tipo de manifestações que a Freguesia se mostra ao exterior. Se são programados acontecimentos, é porque é esperada determinada recepção por parte das pessoas, mas isso nem sempre acontece da forma esperada, o que é normal, no entanto são estes aspectos que mostram que a freguesia parece estar “adormecida”, à espera de algo, que só acontecerá se as pessoas assim o entender e fizerem pressão. Com isto, quer-se dizer, e pelo o que entendi das respostas que obtive há cerca deste aspecto, é que é necessário participar, para assim ajudar a freguesia a crescer: “… Devemos participar nas coisas que projectam Souto”.
Estes são alguns dos aspectos que os entrevistados apontaram, havendo ainda a questão, por exemplo, da falta de uma casa mortuária, com condições suficientes que ajudem pelo menos a encarar a dor do momento de uma outra forma; da Avenida do Serrilha, que se encontra em péssimo estado; a sede da Junta de Freguesia que parece já ter passado de “validade”; de uma política Social mais justa, coerente e principalmente atenta; do desprezo pelo meio ambiente, em especial pelas 7 Fontes da nossa freguesia… e muito mais. Ora, aqui está uma boa lista de coisas que segundo parte da população de Souto estão convencidos que a sua resolução iria, em muito, beneficiar a Nossa Vila.
Mas, para marcar assim o aniversário deste acontecimento, no dia 20 de Maio fez-se festa em Souto. Pelas 21:30h, estando eu no centro de Souto, recebi um panfleto a convidar para estar presente, junto ao Coreto afim de assistir a um concerto da nossa banda que iria actuar…às 22h? Então, isto não seria digno de anunciar de uma outra forma, com mais antecedência pelo menos? De certo que muita gente ficou em casa, sem saber o porquê dos foguetes que ouviram nesse dia pela manhã, até porque também quem passou pelo Souto ficou sem o saber (não havia um único cartaz a o dizer). No entanto, passei por lá, depois de realizar aquilo que já estava programado para essa noite, e reparei que estavam presentes muitas pessoas, de certo que pelo menos os pais e familiares dos músicos, visto que saberiam o porquê deste concerto… No entanto, não em percentagem justa face aos 6 Mil Habitantes que somos, mas o Centro de Souto estava minimamente composto.
É Sempre bom organizar e ter este tipo de iniciativas, mas o “mínimo” começa a não chegar para Souto, é preciso dar o “Máximo”, ou pelo menos mostrar que se tentou… Ora o que nos interessa: Fazer sempre as coisas a pensar num ideal, ou fazer as coisas a pensar que qualquer coisa serve? A mim parece-me ser a segunda opção que rege e orienta a freguesia, não sendo de todo esta que irá projectar Souto no Futuro.
Pensemos um pouco sobre isto!
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