segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Fomos passear, mas já voltamos... Coimbra 2005








Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer, ditado popular proveniente do senso comum, que o povo faz questão de o partilhar; mas e quem o deturpar e apenas o cumprir pela metade, será que acontece o mesmo? Eu clarifico-me! Deitar tarde e cedo erguer, será que dá saúde e faz crescer? Até poderá não dar saúde, mas temos a oportunidade de vivermos mais horas por dia. Foi este o pensamento, “viver mais”, no fim-de-semana de 21 e 22 de Maio.
Sábado, 21, bem cedinho, começavam-se a acumular alguns dos passageiros em frente ao largo da igreja, enquanto outros optaram por uma outra paragem alternativa em Cabomonte.
Os passageiros na sua maioria constituídos por elementos do grupo de jovens e grupo coral jovem, mas também com pessoas que não faziam parte de nenhum destes grupos, levaram a vontade e disposição para viverem um fim-de-semana em grande, diferente daqueles que a rotina se encarrega de nos oferecer.
Inicialmente parecia que a viagem não iria ser tão agradável como o desejado, pois as previsões do estado do tempo não eram as mais desejadas e a realidade assim o confirmava com a queda de alguma chuva miudinha.
Após paragem para pequeno-almoço numa área de serviço, prosseguimos viagem com destino a Tomar.
Já em Tomar, demos um passeio pelo jardim e pela floresta à sua volta, constituída por vários tipos de árvores e plantas. Passamos pelo centro da cidade e fomos visitar a ilha, circundada por um belo lago ocupado por peixes e patos.
À vinda para o autocarro, para sacarmos do nosso almoço, encontramos um conjunto de dez patinhos acompanhados pela mãe a medirem forças com um pão inteiro que alguém se lembrou de atirar para lhes saciar a fome, mas quem acabou por ingerir o pão foram os peixes. Foi um pouco o retrato da nossa sociedade; os coitados dos patos estiveram à vontade uns dez minutos de volta e em cima do pão, para o fazer mergulhar na água para se tornar mais mole; entretanto apareceram os peixes que assumiram o controlo da situação, escorraçando os patos, até porventura ferindo algum e aproveitando o esforço por eles feito anteriormente, em 30 segundos, nem tanto, fizeram desaparecer o pão.
Mas quem não se contentou com um pão, fomos nós que trouxemos a lancheira bem recheada.
Próximo destino era Coimbra, terra dos estudantes e não só; terra das belas paisagens, terra do maior encanto na hora da despedida, para mim já é inevitável ir a Coimbra e não me lembrar dessa música tão característica dessa cidade.
Procurando o nosso Hotel para aquela noite, nada mais, nada menos que um quatro estrelas, desculpem, quatro camas por quarto. O albergue ficava relativamente perto da praça da República, onde alguns jantaram (os menos gulosos ainda tinham a lancheira meia cheia do almoço e jantaram no Albergue; meia cheia como quem diz... meia cheia ou meia vazia, é aqui que se distinguem os optimistas dos pessimistas!).
Independentemente onde tenham jantado, o reencontro fez-se num café. Uns ficaram menos tempo na noite, outros sabe-se lá se não ficaram até o dia quase nascer... mas como disse no início, o pensamento era “viver mais” e o tempo gasto a dormir é tempo que não se vive, é tempo morto!
Na manhã de domingo, o programa oferecia várias alternativas. Uns decidiram fazer uma visita guiada a um monumento, (semi-enterrado ou semi-descoberto), onde fora antes um convento de freiras; outros à eucaristia; outros foram visitar a fonte dos amores ou fonte das lágrimas, (que teimosia do povo de dar dois nomes à mesma coisa ou mesmo local), mas associando as coisas, será que amores e lágrimas são sinónimos?!
Almoçamos e a partida deu-se em direcção ao norte, mas antes ainda houve um tempinho para passar e visitar o castelo de Montemor-o-Velho. Que castelo fantástico!
Com o intuito de ver os jogos de futebol: Boavista – Benfica e F. C. Porto – Académica num café perto da praia da Vagueira, dirigimo-nos até lá. Mas lá chegados e perante o vento que se fazia sentir e a falta de espaço nos cafés, recorreu-se à alteração de planos e cada um viu o Benfica ser campeão em casa.
Creio que foi um passeio agradável para todos, a festa e a boa disposição prevaleceram. Muito provavelmente haverá outro passeio para o ano, o mesmo já não posso dizer em relação ao Benfica ser campeão...

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