segunda-feira, 17 de setembro de 2007

“Karnevál”… Um Carnaval Diferente…





Até me podia ter disfarçado de jornalista e escrever algo mais de encontro a um artigo digno desse nome. Mas, apenas vou contar a minha experiência do Carnaval deste ano.
Que foi diferente dos outros por não ter havido a chegada do rei, o Desfile do Carnaval das Crianças, o Carnaval Sénior, os concertos habituais de várias bandas, o Desfile das Escolas de Samba, o grande Corso Carnavalesco e a festa habitual que costuma haver nas ruas, pelo menos ao Carnaval que costumo ir, Ovar. Se bem, que não sou um espectador assíduo.
Este ano estive no “Karnevál”, a tradução de Carnaval em húngaro. Ao contrário de Portugal, aqui na Hungria, mais precisamente, em Budapeste não houveram grande manifestações… ao contrário do que se passou a alguns meses quando cá cheguei… mas isso devido à contestação que, na altura, havia contra o governo. Pode-se dizer que os húngaros não estão para “brincadeiras”.
O Carnaval, que é um período de festas que tem as suas origens na Antiguidade e recuperadas pelo cristianismo, começa no dia de Reis (Epifania) e acabava na Quarta-feira de cinzas, às vésperas da Quaresma. É um período marcado pelo "adeus à carne" ou "carne nada vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. Aqui em Budapeste este período parece ter sido saqueado.
Sendo assim, o meu ”Karnevál”, resumiu-se “apenas” a uma festa que organizaram aqui no TF, a universidade onde estou a estudar. Apesar de o Carnaval não parecer ter grande importância na cultura húngara, não sendo dada sequer tolerância de ponto (como em Portugal), nesta festa todos se mascararam e até de forma muito original, desde Cleópatras a E.T.’s, houve de tudo um pouco.
Quanto aí, pelo que soube, este ano não foi muito diferente dos anos anteriores… alguns não ligam muito à festa, e outros não vêm o momento de chegar o próximo Carnaval… Cada um à sua maneira, viveu o Carnaval.
Já que assim não pago o correio, aproveito, e em especial para as pessoas que me são mais próximas, para deixar os meus cumprimentos com um “até já”…




Élio Silva, "correspondente" na Hungria - um abraço até ao teu regresso

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