segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Perguntas sobre…Muros

Faz este mês, precisamente 17 anos, da queda do muro de Berlim. E por isso, se calhar é boa altura para pensar nos Muros. Os muros que constroem à volta de tanta coisa e os muros que nós próprios construímos à volta da nossa vida! Tal como a história nos mostra, todo o homem quando não consegue controlar determinado aspecto, constrói muros à volta do problema, mais do que dividir, interessa isolar e separar de si aquilo que lhe trará conflitos.
Mas afinal de que adiantam estes muros? De que adianta fugir do problema, ignorando-o durante determinado período de tempo? Ajudará o tempo a ver as coisas de outro modo? Ou poderá fazer com que o problema, ao fim deste período já não o seja! Quantos muros tens dentro de ti? Quantas vezes escolhes o fugir, o isolar o problema, para que determinado assunto não entre em conflito contigo? A história também nos mostra que o melhor modo de resolver o problema em si, é enfrentar a situação…é quebrar muros, saltar barreiras…saltar as tuas barreiras. Costuma-se dizer que os mais novos, os jovens é que têm, força e capacidade para ultrapassarem os seus limites, para experimentar, saltar…gritar! E tu, jovem (mesmo que tenhas 65 anos de idade ou mais…) ainda sentes essa força dentro de ti! Ainda sentes a vontade de salvar uma fonte contaminada…vontade de fazer parar o crescimento do buraco de ozono … vontade de “tirar” o sofrimento a quem o tem? Se assim é, dou-te os parabéns, porque é sinal de que na tua vida não tens muitos muros construídos, e continuas com o espírito aberto ao mundo, sinal de sensatez, sensibilidade mas principalmente de Humanidade.
Não nos deixemos iludir. ou convencer de que quantos mais velhos ficamos, mais adultos sisudos e sérios temos de ser para conseguir uma vida cheia de sucesso….convencemo-nos sim, que a vida tem de ser levada a sorrir, e isso só tem sentido se fores capaz de fazer sorrir..de fazer viver…de construir em teu redor: vida, e não muros. Espontaneidade, é apalavra chave para isto tudo. Ser espontâneos responsáveis…e deixarmo-nos sempre sentir que somos jovens com a força e vontade de que com as nossas mãos podemos mudar o mundo…e claro está, podemos e devemos começar pelo nosso. Não nos deixemos adormecer! A vida é curta demais para andarmos constantemente em obras com muros…

E agora um pouco de História:

“O Muro de Berlim foi uma realidade e um símbolo da divisão da Alemanha em duas entidades estatais, a República Federal da Alemanha (RFA) e a República Democrática Alemã (RDA). Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: Berlim Ocidental (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos da América; e Berlim Oriental (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético.
Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.
O Muro de Berlim caiu no dia 9 de Novembro de 1989, acto inicial da reunificação das duas Alemanha, que formaram finalmente a República Federal da Alemanha, acabando também a divisão do mundo em dois blocos. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra fria.
Actualmente, o governo de Berlim incentiva a visitação do muro derrubado, preparando a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos, a intenção é marcar no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.
Porquê a construção do muro.
Desde o estabelecimento da RDA, grande número de cidadãos emigravam à RFA. O fluxo de refugiados passava principalmente por Berlim, porque a divisa Oeste à RFA já era rigidamente controlada na época, em procura de desertores da república e contrabandistas. O comércio de produtos alimentares, comprados na Alemanha Oriental e vendidos na Alemanha Ocidental, era muito lucrativo para pessoas que viviam ou trabalhavam em Berlim Oeste, mas enfraquecia o sistema de economia planificada do Leste. O bloqueio total das divisas por meio da construção dum muro então devia deter o fluxo de pessoas saindo do Estado dos Trabalhadores e Fazendeiros.”

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