A construção do presépio teve início com a apanha do musgo que se realizou durante o dia 1 de Dezembro, dia da Restauração da Independência, na Serra da Freita.
Partimos por volta das 9horas e, embora não fossemos muitos, éramos os suficientes para um bom convívio. Quando chegamos, deparamo-nos com o frio característico da Serra, pegamos nos agasalhos e metemos mãos à obra. Enquanto os homens iam à procura do musgo (que estava bem escondido), as mulheres encarregaram-se do doloroso trabalho de temperar as febras (eram 45...!). O musgo parecia nos ter pregado uma partida, não era muito, então tiveram de mudar de local à procura de mais musgo, enquanto as mulheres, essas tinham o “merecido” descanso (!), no aconchego do carro a jogar às cartas e também aproveitaram para dar uns toques na bola!
Por volta da meia hora começaram-se a grelhar as febras (a barriga já começava a dar horas!). Quando os homens chegaram com o musgo todo, fomos para o desejado almoço, que até fila teve pelas febras! Este foi bastante picante, principalmente para os que se deliciaram com o piripiri (hum...!). Aproveitamos o almoço para descansar, conviver, pregar umas partidas bem picantes, uma das quais não correu muito bem, era uma fatia de bolo-rei com piripiri para o Feliciano, porém quem acabou por a comer por engano foi o Marques (espero que te tenha caído bem...!J).
Acabado o almoço decidimos ir dar uma caminhada (que muito nos esperava). Metemo-nos todos à estrada a pé (com excepção da “Pedra Filosofal”!). Pelo caminho pregamos umas partidas, encontramos ovelhas, cães, touros (que assustaram algumas raparigas!), admiramos paisagens magníficas que transmitiam uma enorme serenidade e nos demonstrava a beleza da natureza. A caminhada serviu para nos aquecermos, já que o frio não nos largava. Enquanto caminhávamos, tivemos a sorte de ter o apoio psicológico do Rui que nos acompanhava quentinho no seu maravilhoso Jipe! Já lá ia uma hora de caminho, uns queriam voltar mas outros estavam cheios de energia e queriam continuar (talvez fossem os efeitos do piripiri)! Lá fomos nós, parecia que andávamos perdidos na serra e, para voltar, metemo-nos pelo meio de rochas, avançamos pequenos rios (a saltar), pontes, muros, parecia que não tinha fim! Uns reclamavam porque nunca mais chegávamos e outros aproveitaram para tirar fotografias àquelas belas paisagens. Depois de duas horas de caminhada chegamos ao destino tanto pretendido por alguns! Lanchamos e arrumamos tudo, deixando tudo tão ou mais limpo do que o que estava quando chegamos. Agora o nosso destino era S. Miguel de Souto...
Embora já um pouco fatigados, ainda fomos dobrar os jornais (“O Reviver”), satisfeitos pelo fantástico dia passado no meio do ar puro e da beleza das paisagens que a Natureza, que tanto destruímos, nos tem para oferecer
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