segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Onde se situa a nascente da Fonte do Amieiro?

Será que vem dos matos por detrás da fonte? Será que vem do rio?

Do rio não, porque a cor que o rio tem não é a mesma que a água da fonte...
Foi em busca da resposta a esta pergunta que “Os Samaritanos” foram ao lugar de Valrico, no passado dia chuvoso, 30 de Outubro, entrevistar uma pessoa que tínhamos a certeza de que saberia dizer onde se situa verdadeiramente a nascente… e contar-nos, também, um pouco da sua história. E foi assim que o Sr. Mário (da mestra) nos fez uma pequena visita guiada à dita fonte e nos indicou onde se situa a nascente.
Fonte do Amieiro Perguntarão vocês: porquê que o Grupo de Jovens quererá saber onde se situa a dita nascente? O que é que ganham com isto? Pois é, os mais velhos costumam apelidar a juventude como uma gente inquieta, pessoas que não se conformam com as injustiças… e de facto, o que está acontecer com o ambiente, da freguesia é uma injustiça.
E as fontes da nossa freguesia fazem parte do nosso meio ambiente, fontes que nos preocupam porque numa freguesia tão pequena como a nossa, que tem apenas 7 fontes e apenas duas estão próprias para consumo! Ah, e uma das que segundo edital da Junta, dizem estar própria para consumo encontra-se fechada (Fonte Zeca Alcouce, Teobalde). Como poderemos ficar indiferentes perante uma situação destas…
Então, perante isto decidimos tentar desvendar os mistérios que estão a poluir as nossas fontes, começando assim pela Fonte do Amieiro, que é aquela que mais pessoas abastece, com a esperança de que sabendo um pouco da sua história possamos saber de onde vem a poluição.
A história da fonte começa em 1967 quando os responsáveis pela nossa junta de freguesia, o Sr. Adalberto Murteira e o Sr. António Morgado, deram os primeiros passos nesta história e colocaram o fontanário onde hoje se encontra, só que nascente de água não se encontra ai, encontra-se a poucos metros acima, no caminho de acesso (onde está hoje um poste). Na dita nascente, fizeram uma caixa para captar a água e entubaram-na até ao fontanário. Cerca de 20 anos mais tarde, por altura da construção da auto-estrada, a empresa que fazia a construção da mesma tinha um estaleiro, que se situava onde é hoje a Acail Gás, sendo lá onde se encontravam os trabalhadores. Estes necessitavam de água para beber e cozinhar e ouviram falar na dita fonte do Amieiro. Decidiram então, ver como era a fonte. Vendo que esta era boa e que tinha um bom caudal, pensaram em aumentar a caixa de recolha da água para terem mais água para eles e para a população. Começaram as obras. Com máquinas abriram uma vala maior, porém quando começaram a abrir viram que a maior parte da água não nascia ali, vinha por debaixo do caminho, então seguiram o rasto da água até chegarem ao sítio onde se situa agora a fonte, sítio que pensaram ser a nascente pois foi o local em que a água esguichou mais forte, que se situa a meio da estrada que nos leva à fonte. Tentaram partir a rocha, todavia nesse local a rocha era muito forte e muito difícil de partir. Iam fazer uma caixa em tijolo e cimento, quando chegaram os representantes da junta de freguesia o Sr. Alfredo Serrano e o Sr. Profirio Serrano, que disseram para eles irem buscar ao estaleiro duas manilhas, um anel e uma tampa em que envolveram em plástico, para fazer a caixa para captar a água e entubaram-na até ao fontanário, cobrindo a caixa com terra. Mais tarde devido ao caminho estar sempre enlameado decidiram encanar a primeira nascente para o rio para o caminho ser mais fácil de atravessar para os moinhos e depois no mandato do Sr. Serafim Pais foi colocada a calçada. E assim reza a história…
Agora muitas dúvidas ficam no ar, porque a partir desse dia nunca mais ninguém voltou a ver como estava a caixa ou até mesmo os canos que conduzem a água, e sempre que vamos à fonte de carro passamos com o carro por cima da nascente…

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