Na nossa paróquia de São Miguel de Souto o apostolado de Oração celebra 125 anos de instituição do centro local. Promovido pelo Apostolado de Oração, de Espiritualidade Jesuíta, os centros são associações locais de difusão do evangelho e da oração. Em São Miguel de Souto foi fundada em 1881. Pouco se sabe da história deste organismo a nível local. Oportunamente serão apresentados alguns dados históricos e da acção a nível paroquial. No entanto faz-se uma apresentação histórica e pastoral do organismo eclesial:
“Tradicionalmente, a Igreja dedica o mês de Junho à devoção ao Sagrado Coração que encontrou, na encíclica Haurietis aquas de Pio XII (15 de Maio de 1956), um aprofundamento teológico exaustivo e um reconhecimento pastoral. As aparições de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690) e a influência de São João Eudes (1601-1680) deram um grande incremento a esta devoção que mergulha as suas raízes na Sagrada Escritura, nos escritos dos Padres da Igreja, dos místicos e de numerosos santos.O Coração trespassado de Cristo tornou-se o ícone mais expressivo da história da salvação que é uma proposta de amor e de misericórdia. Por isso, em 1856, o papa Pio IX tornou universal a festa litúrgica do Sagrado Coração - já celebrada na Polónia em 1765 - e, em 1875, exortou os fiéis a consagrarem-se ao Coração de Jesus. Depois, seguiram-se a consagração da humanidade ao Sagrado Coração, no tempo de Leão XIII, e a consagração das famílias por Pio X. O aspecto da «reparação» foi realçado por Pio XI.Na vida pastoral, foram-se gradualmente afirmando a liturgia específica da santa Missa e do Ofício divino, a celebração das primeiras sextas-feiras do mês, a Hora Santa, a proposta das ladainhas e da coroa ao Sagrado Coração, a difusão da imagem do Sagrado Coração nas casas, a dedicação de igrejas, a inspiração de vários institutos religiosos, o apostolado da oração, as procissões, etc.Ao reafirmar a centralidade da pessoa de Cristo, o Concílio Vaticano II inseriu a devoção ao Sagrado Coração no mais amplo contexto da relação Deus-homem e homem-Deus. A perspectiva de uma fé mais iluminada e eclesial permitiu purificar eventuais desvios pie tis tas e sentimentalismos estéreis. A reforma litúrgica favoreceu uma recta interpretação da devoção ao Sagrada Coração, apresentando Cristo como «sacramento do Pai» e de cujo lado aberto brotou a Igreja, instrumento de salvação para todos.O papa João XXIII era muito devoto do Sagrado Coração. Paulo VI desejou que o culto do Sagrado Coração de Jesus fosse estimado por todos «como uma forma excelente de piedade necessária, mesmo no nosso tempo, e pedida pelo Concílio Vaticano II, para que Cristo, rei e centro de todos os corações, cabeça do corpo da Igreja, primogénito dos ressuscitados, realize o seu primado sobre tudo e sobre todos» (6 de Fevereiro de 1965).João Paulo II, eleito sumo pontífice precisamente no dia da festa de Santa Maria Margarida Alacoque, em 1986 foi em peregrinação a Paray-Ie-Monial, considerada o berço da devoção ao Sagrado Coração, e voltou mais vezes a referir-se à actualidade e à eficácia espiritual desta prática. Por exemplo, na exortação apostólica Pastores dabo vobis, João Paulo II nota que a formação espiritual «também se pode utilmente servir de uma devoção justa, isto é, forte e tema, ao Coração de Cristo» (n. 49).O Catecismo da Igreja Católica reafirma que o Sagrado Coração de Jesus «é considerado sinal e símbolo por excelência... daquele amor infinito com que o divino Redentor ama sem cessar o eterno Pai e todos os homens» (n. 478). E no n. 932, confirma que «seguir e imitar Cristo mais de perto, é encontrar-se mais profundamente presente no Coração de Cristo».A devoção ao Sagrado Coração de Jesus nasceu para despertar nos corações a fé no amor de Deus que dá serenidade à nossa vida diária: todos e cada um de nós somos amados através da cruz de Cristo. Fixar o nosso olhar no Coração de Jesus Cristo significa frequentar a sua escola para aprender cada vez mais o primado da graça e a pedagogia da santidade, o estilo da caridade pastoral e a generosidade do serviço, a espiritualidade da comunhão e a fantasia da partilha, a cultura da vida e a paixão missionária.A vivência assídua de uma devoção séria ao coração do Senhor ajuda não só a permanecer na companhia do Redentor, mas também a agir em solidariedade activa com os nossos irmãos, sobrecarregados com os seus pecados e com as numerosas misérias da história.Contemplação do amor de Deus e partilha afectiva e real: dois aspectos que o Coração de Jesus reuniu inseparavelmente dentro de si e que nenhum cristão autêntico poderá separar. Aliás, a fé em Cristo, nosso único Salvador - ontem, hoje e sempre -, e o empenhamento pela civilização do amor foram a marca distintiva do Grande Jubileu deste novo Milénio.” (texto retirado “Um mês com o Sagrado Coração”)
“Tradicionalmente, a Igreja dedica o mês de Junho à devoção ao Sagrado Coração que encontrou, na encíclica Haurietis aquas de Pio XII (15 de Maio de 1956), um aprofundamento teológico exaustivo e um reconhecimento pastoral. As aparições de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690) e a influência de São João Eudes (1601-1680) deram um grande incremento a esta devoção que mergulha as suas raízes na Sagrada Escritura, nos escritos dos Padres da Igreja, dos místicos e de numerosos santos.O Coração trespassado de Cristo tornou-se o ícone mais expressivo da história da salvação que é uma proposta de amor e de misericórdia. Por isso, em 1856, o papa Pio IX tornou universal a festa litúrgica do Sagrado Coração - já celebrada na Polónia em 1765 - e, em 1875, exortou os fiéis a consagrarem-se ao Coração de Jesus. Depois, seguiram-se a consagração da humanidade ao Sagrado Coração, no tempo de Leão XIII, e a consagração das famílias por Pio X. O aspecto da «reparação» foi realçado por Pio XI.Na vida pastoral, foram-se gradualmente afirmando a liturgia específica da santa Missa e do Ofício divino, a celebração das primeiras sextas-feiras do mês, a Hora Santa, a proposta das ladainhas e da coroa ao Sagrado Coração, a difusão da imagem do Sagrado Coração nas casas, a dedicação de igrejas, a inspiração de vários institutos religiosos, o apostolado da oração, as procissões, etc.Ao reafirmar a centralidade da pessoa de Cristo, o Concílio Vaticano II inseriu a devoção ao Sagrado Coração no mais amplo contexto da relação Deus-homem e homem-Deus. A perspectiva de uma fé mais iluminada e eclesial permitiu purificar eventuais desvios pie tis tas e sentimentalismos estéreis. A reforma litúrgica favoreceu uma recta interpretação da devoção ao Sagrada Coração, apresentando Cristo como «sacramento do Pai» e de cujo lado aberto brotou a Igreja, instrumento de salvação para todos.O papa João XXIII era muito devoto do Sagrado Coração. Paulo VI desejou que o culto do Sagrado Coração de Jesus fosse estimado por todos «como uma forma excelente de piedade necessária, mesmo no nosso tempo, e pedida pelo Concílio Vaticano II, para que Cristo, rei e centro de todos os corações, cabeça do corpo da Igreja, primogénito dos ressuscitados, realize o seu primado sobre tudo e sobre todos» (6 de Fevereiro de 1965).João Paulo II, eleito sumo pontífice precisamente no dia da festa de Santa Maria Margarida Alacoque, em 1986 foi em peregrinação a Paray-Ie-Monial, considerada o berço da devoção ao Sagrado Coração, e voltou mais vezes a referir-se à actualidade e à eficácia espiritual desta prática. Por exemplo, na exortação apostólica Pastores dabo vobis, João Paulo II nota que a formação espiritual «também se pode utilmente servir de uma devoção justa, isto é, forte e tema, ao Coração de Cristo» (n. 49).O Catecismo da Igreja Católica reafirma que o Sagrado Coração de Jesus «é considerado sinal e símbolo por excelência... daquele amor infinito com que o divino Redentor ama sem cessar o eterno Pai e todos os homens» (n. 478). E no n. 932, confirma que «seguir e imitar Cristo mais de perto, é encontrar-se mais profundamente presente no Coração de Cristo».A devoção ao Sagrado Coração de Jesus nasceu para despertar nos corações a fé no amor de Deus que dá serenidade à nossa vida diária: todos e cada um de nós somos amados através da cruz de Cristo. Fixar o nosso olhar no Coração de Jesus Cristo significa frequentar a sua escola para aprender cada vez mais o primado da graça e a pedagogia da santidade, o estilo da caridade pastoral e a generosidade do serviço, a espiritualidade da comunhão e a fantasia da partilha, a cultura da vida e a paixão missionária.A vivência assídua de uma devoção séria ao coração do Senhor ajuda não só a permanecer na companhia do Redentor, mas também a agir em solidariedade activa com os nossos irmãos, sobrecarregados com os seus pecados e com as numerosas misérias da história.Contemplação do amor de Deus e partilha afectiva e real: dois aspectos que o Coração de Jesus reuniu inseparavelmente dentro de si e que nenhum cristão autêntico poderá separar. Aliás, a fé em Cristo, nosso único Salvador - ontem, hoje e sempre -, e o empenhamento pela civilização do amor foram a marca distintiva do Grande Jubileu deste novo Milénio.” (texto retirado “Um mês com o Sagrado Coração”)
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